HISTÓRIAS DE ESPIRITUALIDADE

HISTÓRIAS DE ESPIRITUALIDADE
A SABEDORIA DOS MESTRES

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

QUEM FOI NASRUDIN



De Nasrudin pouco ou nada se sabe. No entanto, dele resta o mais importante: o seu ensinamento.
Há quem afirme que o Mullah – Khawajah Nasr Al-Din – terá vivido numa cidadezinha da Turquia, onde nasceu por volta do século XIII. Escreveu e contou histórias onde ele era o próprio personagem principal.
Sábio sufi de quem se desconhece ou pelo menos se duvida, do país de origem, do local onde viveu e quando, se é que efectivamente existiu, tem ensinamentos nas suas histórias que podem praticamente ser qualificados como mundiais.
O Mullah não se ri apenas dos outros. Ri-se de si e dos outros. Faz-nos rir de nós mesmos. 
Pode alguma coisa ser séria, caso ninguém se ria dela ou a ridicularize?

As suas histórias podem parecer superficiais e anedóticas, mas que se acautelem os mais incautos: sabedoria não é sinónimo de austeridade e circunspecção. Têm e devem ser lidas nos seus diversos níveis de profundidade. 
Ler Nasrudin, é penetrar no Sufismo, na sua essência. A cada leitura, a cada aprofundamento da mensagem contida nas histórias, algo acontece, algo se transforma, e esse algo, que somos nós, sem que o saibamos estaremos certamente mais próximos do misticismo. 
Desde tempos imemoriais que o homem usa conscientemente as histórias para provocar uma doutrinação superior, uma aproximação à libertação.
Estas, para não perderem a sua eficácia, não podem ser lidas como simples motivo de entretenimento. Necessitamos de mergulhar nas suas profundezas.
Por outro lado, quando as adaptamos, não podemos desvirtuar a sua essência sob pena de alteração irreversível dos fins prosseguidos.
As histórias foram adaptadas – um vício meu –, mas mantêm na íntegra a sua intencionalidade.
Que vos dêem o mesmo prazer e benefício que delas eu próprio alcancei.




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