Houve em tempos uma mulher depravada, impúdica, de alma manchada, o corpo corrompido. Pecadora aos olhos dos homens.
Passava junto de um poço quando um cachorro escanzelado denotava sede mortal.
Olhou-o e quedou-se esquecendo os seus afazeres, que mais eram prazeres.
Com afeição e brandura colheu água, que lhe deu a beber, sustendo-lhe o sofrer.
Alá louvou-a na Terra e nos Céus derramando na pecaminosa sua bênção.
Na noite da minha ascensão, eu vi aquela mulher escorraçada pelos homens, bela e luminosa, plena de amor e compaixão, residindo no paraíso.
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