Raiava a aurora. A porta do templo estava completamente aberta para a oração da manhã.
O templo tinha uma particularidade interessante: todas as paredes estavam cobertas com espelhos. Por outro lado, no centro, em pequena jarra, uma rosa lindíssima colhida nessa mesma madrugada. A rosa reflectia-se em praticamente todos os espelhos.
Uma pomba entrou pela porta, e no interior do templo, em completa desorientação, vendo a rosa reflectida, lançava-se obstinadamente contra os espelhos, na ilusão de voar para o exterior do local onde inadvertidamente havia entrado.
Os choques múltiplos, de extrema violência, fizeram com que contraísse inúmeros traumatismos, acabando por se finar junto da rosa verdadeira.
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