HISTÓRIAS DE ESPIRITUALIDADE

HISTÓRIAS DE ESPIRITUALIDADE
A SABEDORIA DOS MESTRES

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

ATINGIR A ILUMINAÇÃO VARRENDO O PÁTIO DO MOSTEIRO



Existia numa aldeia perto de famoso mosteiro um velho, homem simples e analfabeto, que desejava ardentemente atingir a paz e o equilíbrio interior.
Dirigiu-se ao mosteiro, pedindo para ser admitido.
Os monges mais velhos, consideraram que se por um lado a sua intenção era firme e justa, por outro, as suas capacidades eram tão limitadas, que nada conseguiria aprender.
O velho insistiu várias vezes, e por via de tanta insistência, disseram-lhe:
- Bom homem, podes ficar connosco. Vais iniciar-te com a obrigação de varrer o claustro todos os dias.
O ancião, feliz, aceitou de bom grado a tarefa e foi-lhe imediatamente entregue uma vassoura.
A partir daí, e durante anos, o noviço varreu diariamente o claustro, empenhando-se na perfeição do seu trabalho.
Com o decurso do tempo, inexistia quem não notasse substanciais modificações no idoso. Parecia estar sempre envolto numa atmosfera de paz celestial e todos os seus gestos eram harmoniosos e estavam em perfeita consonância com o universo. Havia atingido um notável grau de perfeição que se estendia aos que dele se acercavam, uma libertação contagiante.
Os monges, acometidos pela curiosidade, questionaram-no:
- Bom homem, que prática seguistes para chegares onde chegastes? Donde vem essa paz que se comunica a tudo o que te envolve?
O velho, com humildade, respondeu:
- Nada mais para além da minha tarefa. Quando varro o chão do claustro, faço-o com amor e imagino que estou a limpar o meu coração de todos os males e de tudo o que na vida me atormenta.




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