No mosteiro, uma monja bela, alegre e apetecida, despertava os anseios de alguns noviços.
Um deles, sem os conseguir refrear, escreveu-lhe propondo apartado encontro.
No dia seguinte, logo que o Mestre deu a palestra por terminada, Eshun, a gentil monja ergueu-se e perante todos, de frente para o noviço disse:
- Recebi a tua carta secreta onde te afirmas apaixonado. Mas o amor não é algo que se manifeste escondido, pois é pleno e sincero. Se me amas como dizes, vem até mim e abraça-me para que todos vejam e sintam.
Afirma-o aos mares e aos ventos aos espaços e aos tempos.
Onde há amor não há medo, secretismo, cinismo, hipocrisia.
Onde viceja o amor há fartura e não há penúria.
Que há para esconder quando se ama? Que há para ocultar onde viceja tal sentimento?
O monge envergonhado baixou a cabeça retirando-se em surdo lamento.
Em boa verdade, apenas sentia desejo, lascívia, luxúria.
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